Quem deseja ser líder não pode negligenciar a arte da oratória. Esse é
um grande erro, pois, além de inspiradora, trata-se de uma habilidade que pode
ser desenvolvida. Prática, trabalho e determinação podem tornar qualquer líder
um orador melhor e, portanto, mais eficaz.
Jesus fez uso da oratória em público como uma das suas ferramentas
fundamentais de liderança, com o objetivo de instruir, inspirar e desafiar. Ao
longo do tempo, muitos líderes tem se beneficiado do exemplo de Cristo. Diz-se
que Abrahan Lincoln, talvez o mais eficaz de todos os oradores políticos
americanos, moldou a sua oratória nos discursos de Jesus.
Certa vez Jesus estava pregando nas aldeias de Cesaréia de Filipe
quando em determinado momento o discípulo Pedro o chamou em particular e
começou a reprovar o que Cristo estava pregando. Em seguida Jesus repreendeu
fortemente Pedro e convocando a multidão disse: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a
si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”.
Observe que antes de chamar a multidão para reunir-se e ouvir (Mc
8.34), Jesus já havia finalizado a sua tarefa interna de assegurar a
compreensão de seus discípulos. Assim, sendo, observe o método utilizado por
Jesus para atrair a atenção da multidão. Primeiro, tangencia sua própria
popularidade junto ao povo: “Se alguém quiser acompanhar-me...”. Essa afirmação só faria
sentido se as pessoas já estivessem atraídas por sua causa. Mas o preço de se
tornar um seguidor era a abnegação e o caminho da morte.
“Tome a sua cruz” acabou se
tornando um tipo de provérbio entre os cristãos. A cruz era um instrumento de
tortura. As estradas ao redor de Jerusalém eram ladeadas por centenas de
cruzes, exibindo moribundos ou já mortos. Esse não é um argumento bonito para
atrair multidões. Não obstante, foi esse argumento que Jesus trouxe à mente
daqueles que querem segui-lo.
Nos tempos de Jesus, criminosos condenados eram obrigados a carregar a
cruz para o lugar de sua própria execução. Aqui, Jesus estava chamando homens a
vir e morrer a seu serviço. Não nos damos conta do impacto de suas palavras.
Ele conclama seus seguidores a um heroico esforço contra a oposição, o
sofrimento, a dor e a morte que todos enfrentariam. Nem todos estariam
dispostos a pagar o preço se seguir Jesus. Por essa razão, ao expor os riscos
de maneira tão ousada e clara, Jesus foi à frente de todos que ousassem
segui-lo.
Grandes oradores compreendem que as pessoas reagem a um grande desafio,
mesmo que ele envolva um grande sacrifício pessoal, quando elas acreditam na
pessoa que faz o desafio, elas veem o desafio como algo válido, e o desafio não
é “açucarado”, mas exposto de modo claro e completo.
Para quem deseja ser um bom orador, é necessário pedir a alguém de
confiança para avaliar e tecer críticas aos seus discursos. Assegure-se de que
seja alguém “de opinião”, de modo a receber um retorno franco e honesto. Jesus
não precisava de um crítico, pois ele sabia o quanto era eficiente. Porém,
nenhum de nós pode ter essa certeza.
Ser um orador inspirador e desafiador é uma habilidade que vale a pena
desenvolver.
Pense Nisso!
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