A verdade que Pilatos queria conhecer!

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Lendo o livro O centurião que espionava Jesus a mando de Pilatos, do Padre e escritor brasileiro Lauro Trevisan, me detive num pequeno trecho da transcrição da narrativa bíblica em que Jesus é interrogado por Pilatos no tribunal. Na ocasião o interrogatório se deu assim:
- És tu o rei dos judeus? perguntou Pilatos.
- Tu o dizes, eu sou rei – confirmou Jesus.
E acrescentou:
- Para isto nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade, escuta minha voz.
Pilatos recostou-se na cadeira do pretório e falou, mais para si do que para Jesus:
- O que é a verdade?
No tribunal o que as partes (defesa e acusação) desejam é mostrar a verdade; a sua verdade. Uma verdade que se ajuste aos seus interesses. Cada um tem sua verdade e apresenta ao julgador.
Juridicamente, o julgador – o Juiz ou Corpo de Jurados, por exemplo – precisa de uma verdade para decidir e dar o veredito. Uma verdade que vai ser recriada na sua mente, na sua consciência de fora para dentro a partir do que ouve, lê e vê. Por outro lado, a verdade do réu é formada de dentro para fora partir do que vivenciou, experimentou ou sofreu. A verdade do julgador não é a verdade do réu.
No caso de Jesus quando ele foi levado para ser julgado por Pilatos, este o analisou de cima até em baixo, com extrema curiosidade e viu que só havia bondade nele. Apesar dos impropérios e das falsas acusações, Pilatos foi capaz de perceber, com sutileza, que Jesus era inocente e que nele não havia crime algum. Era a voz de Deus, a verdade triunfante, falando para Pilatos que Jesus era inocente. Pressionado pelos escribas e sacerdotes, Pilatos mesmo convicto da inocência de Jesus, se acovardou e o condenou à morte.
A verdade que Pilatos queria conhecer e que conheceu pessoalmente, mas que não quis aceitar por causa de sua vaidade, é a mesma que se apresenta para nós hoje: Jesus. Porque ele disse: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai se não por mim” (Jo 14:6).
Pense Nisso!

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