Síndrome de Gabriela!

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De abril a outubro de 1975, às 22h, a Rede Globo apresentou uma telenovela dirigida por Walter Avancini e Gonzaga Blota que tinha o nome de Gabriela. Esta novela foi adaptada de uma famosa obra de mesmo nome, do escritor baiano Jorge Amado. Como toda obra de Jorge Amado, Gabriela tratava de costumes e comportamentos típicos de pessoas da região de onde Jorge vivia. Mas, a exemplo do que acontece com todas as novelas globais, o que mais marcou em todo o desenrolar dos capítulos foi a música Gabriela, cuja letra se repetia: “Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim....
Acredito que mesmo sem querer, o autor da música conseguiu retratar a vida de milhões de pessoas que vivem a “Síndrome de Gabriela”. Essas pessoas vivem seduzidas e hipnotizadas pelas paixões carnais deste mundo e se entregam ao conformismo, vivendo um fracassado projeto de vida que impede o seu crescimento espiritual e material porque “eu nasci assim, eu cresci assim”. Suas vidas são preenchidas de ações e atitudes pessoais sempre equivocadas, com resultados nada satisfatórios e imutáveis sem revelar esforço nenhum porque “e sou mesmo assim”. Além disso, passam pela vida em brancas nuvens, sem obter satisfações e realizações pessoais e profissionais porque não tem coragem e nem humildade de rever conceitos, comportamentos e objetivos, pois “vou ser sempre assim”.
Pessoas assim vivem sobre o comodismo ou zona de conforto. Elas não percebem que ficar parado e prostrado na zona do comodismo pode trazer sérios danos à vida educacional, emocional, relacional, cultural, familiar, financeira e espiritual. A zona de conforto é o local predileto por aquelas pessoas que gostam mais de reclamar do que de mudar o cenário em que vivem. Elas não reagem; estão fincadas na zona de conforto recheada de vícios e de prazeres destrutivos que sugam as suas capacidades de mudar o cenário ao seu redor.
Quando essas pessoas dizem “eu nasci assim...”, estão dizendo que não aceitam e não desejam mudanças pessoais, muito menos “pagar o preço”, demonstrando nitidamente o quanto estão acomodadas.
Para curar a “Síndrome de Gabriela” é preciso abandonar a estagnação, sair da zona de conforto porque isso só atrofia os sonhos e projetos. É preciso romper aquilo que te enfraquece e que vai te minando lentamente: o comodismo. Agindo assim, seus limites se expandirão para ter a liberdade de agir diferente.
Não se prenda a sentimentos inúteis como a dúvida, a lamentação, o medo ou o desânimo. Jogue fora seu “lixo mental” que você ficará mais leve e cheio de energia e disposição para encarar novos desafios.
Em vez de cantar “Eu nasci assim, eu cresci assim, e sou mesmo assim, vou ser sempre assim” reaja e mude a letra e faça desta a nova canção de sua vida: “Eu nasci, sim; eu cresci, sim e vou vencer sim!”
Pense Nisso!

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